O
Conselho Estadual dos Direitos Humanos do Estado da Paraíba
(CEDHPB)
divulgou uma nota nesta segunda-feira (18) onde afirma que dois
padres tiveram que passar por uma revista íntima quando entravam na
Penitenciária Flóscolo da Nóbrega, o presídio do Roger. No
documento o presidente do órgão, padre João Bosco Fernandes,
repudia a atitude dos servidores, que teriam coagido e humilhado os
sacerdotes, e diz que vai pedir que o Ministério Público entre com
uma ação penal contra os responsáveis pela ação. A Secretaria de
Administração Penitenciária disse que vai apurar o ocorrido.
O fato,
segundo o CEDHPB, aconteceu no último dia 14 de fevereiro. Os
padres, que integram a Pastoral Carcerária, teriam sido obrigados a
ficar nus e fazer movimentos de agachamento para que os agentes
penitenciários verificassem se eles não estavam escondendo drogas
ou objetos ilegais dentro do próprio corpo. “A atitude foi uma
grande arbitrariedade, nós pedimos providências. Comunicamos o
secretário e o governador Ricardo Coutinho (PSB) foi o primeiro a
ficar sabendo”, disse o padre João Bosco ao G1. João Bosco
enfatizou que uma resolução do Conselho Estadual de Coordenação
Penitenciária, publicada no começo de março e que normatiza a
entrada de membros de entidades religiosas nos presídios, veda a
realização da revista íntima para essas pessoas. O documento diz
apenas que só haverá exceção quando acontecer alguma denúncia ou
suspeita. “Não era o caso em questão. Inclusive um dos padres, o
padre Júlio Massom, faz esse trabalho da pastoral no Roger toda
semana . Ele não é uma pessoa estranha no local, não precisava
passar por isso”, completou o presidente do Conselho dos Direitos
Humanos.
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